A Prefeitura de Maricá apoiou os projetos inclusivos “Empresto as Minhas Pernas” e “Mar para Todos”, que aconteceram neste domingo (06/03), das 9h às 12h, na Lagoa de Araçatiba. Ambos foram realizados pela Organização da Sociedade Civil (OSC) Rede Cicle, com o propósito de fazer pessoas com deficiência e/ou cadeirantes terem autonomia (física ou mental) a partir da interação com voluntários em práticas esportivas.
Destinado para pessoas de todas as idades que tenham disposição e busquem uma experiência prazerosa e marcante, o evento quinzenal e gratuito tem como objetivo a inclusão e a formação de um grupo de pessoas capacitadas para participar de corridas de rua, ciclismo, natação e remo com canoa havaiana.
Enquanto realizam as atividades escolhidas, os participantes têm a missão de conduzir pessoas com deficiências físicas, mentais, sociais, emocionais e cadeirantes.
Voluntários pela inclusão social
Aluno de yoga do projeto, Eugênio de Moraes, de 26 anos, se interessou pela prática esportiva. “É uma inclusão social que está faltando na sociedade, de aceitar as pessoas com as particularidades que fazem delas um pouco diferentes. Todos eles devem ter uma forma de se expressar e se divertir. Tenho esse ideal em mente e resolvi participar, além das aulas de yoga”, disse Moraes, que está em tratamento contra ansiedade.
Um dos voluntários, Felipe Fernandes, de 34 anos, integra uma equipe de corrida de rua em Maricá e cedeu a cadeira adaptada para a prática do esporte na beira da lagoa.
“É gratificante porque a vida não é só buscar bens materiais para nós mesmos. É poder nos doar para o outro. Aqui em Maricá a própria Prefeitura incentiva com muitas políticas públicas e a sociedade civil traz para si esses projetos. É muito importante para fazermos o bem e construirmos uma cidade melhor”, afirmou.
Início do “Empresto as Minhas Pernas”
O projeto iniciou há sete anos em São Paulo, depois que o Marcos – filho do idealizador – nasceu com uma limitação mental e teve como diagnóstico o comprometimento de sua visão. Estimulado a praticar esportes, Marcão, como é conhecido entre os amigos, pedala em uma bicicleta adaptada e já narrou futebol em um canal de televisão.
“O Marcão é um grande exemplo da atividade física como um estímulo para a cura. Certamente, se ele ficasse tomando medicamentos e sendo tratado como uma pessoa sem potencial, ele não chegaria ao nível que ele está hoje ”, disse o coordenador do projeto, Jorge Luis, que também é professor de yoga.
Os participantes não precisaram de inscrição e compareceram no local e horário determinados com tênis e roupa apropriada para a prática esportiva. Foi recomendado que todos levassem suas próprias garrafinhas de água e protetor solar. As atividades contaram com apoio de guarda-vidas da Secretaria de Proteção e Defesa Civil.