O furto de cabos da rede subterrânea da Light aumentou, no comparativo entre 2022 e 2023, na região metropolitana do Rio. No ano passado, mais de 16 mil metros de cabos de cobre foram furtados, o equivalente à quatro voltas completas na Orla de Copacabana. O número representa um aumento de 160% em relação ao ano anterior, em que foram subtraídos pouco mais de 6 mil metros de fios. Em 2023, a companhia registrou 373 ocorrências, que deixaram 192.377 mil clientes sem luz por um tempo de quase duas horas. Os atos de vandalismo também fizeram a empresa gastar quase R$ 4 milhões para recompor o material.
No ranking dos bairros com maior incidência, Tijuca, na Zona Norte, aparece com 94 ocorrências; seguido por Barra da Tijuca, com 80 casos; e Recreio dos Bandeirantes com 45 registros, na Zona Oeste – a região, inclusive, concentra os casos mais alarmantes. Durante o ano, também ocorreram furtos de cabos no Centro do Rio, Maracanã e Vila Isabel. A Light vem buscando alternativas para combater os furtos. Uma das soluções é a substituição da matéria prima dos cabos, trocando cobre por alumínio, que tem menor valor comercial.
“Adicionalmente, são implementadas medidas de proteção mecânica para impedir o acesso de terceiros aos ativos da empresa, como o uso de tampas antifurto, substituição de cabos de cobre por alumínio e utilização de cordoalhas de aço – materiais com menor valor agregado que geralmente são desvalorizados no mercado”; enfatiza Leonardo Bersot, gerente de Operação e Manutenção da Rede Subterrânea da Light.
Prejuízos para a população
Além dos prejuízos financeiros causados à companhia por esse tipo de ação criminosa, a maior preocupação da Light é com os riscos que atitudes como essa podem causar às pessoas.
“Dos mais de 190 mil clientes afetados, há pessoas dependentes de energia elétrica para suporte à vida, seja pelo tratamento médico ou pela utilização de equipamentos que demandam o uso constante de eletricidade. O furto de cabos já deixou empresas, escolas, repartições públicas, shopping centers e até unidades de saúde sem luz”; ressalta Bersot.